Jibóia A jiboia-constritora (Boa constrictor) é uma serpente que tem o tamanho quando adulto, de 2m(amarali) a 4m(Boa constrictor constrictor), raramente chegando a este tamanho máximo. Existe no Brasil, onde é a segunda maior cobra (a maior é a sucuri). O seu habitat são as copas das árvores das florestas da América do Sul e da América Central. No Brasil, pode encontrar-se em diversos locais, como na Mata Atlântica, restingas, mangues, no Cerrado, na Caatinga e na Floresta Amazônica.
Diz-se na cultura Tupi que na selva um jacaré pode matá-lo, uma onça pode matá-lo e uma jiboia pode matá-lo. Mas só com a jiboia a morte será certa. Por isso é conhecida como Mairapuã (a morte rasteira).
No Brasil existem duas subespécies: a Boa constrictor constrictor (Forcart, 1960) e a Boa constrictor amarali (Stull, 1932). A primeira é amarelada, de hábitos mais pacíficos e própria da região amazônica e do nordeste. A segunda, Jiboia amarali, pode ser encontrada mais ao sul e sudeste do país, sendo encontrada algumas vezes em regiões mais centrais do país.
É basicamente um animal com hábitos noturnos (o que é verificável por possuir olhos com pupila vertical), ainda que também tenha atividade diurna.
Considerado um animal vivíparo porque no final da gestação o embrião recebe os nutrientes necessários do sangue da mãe. Alguns biólogos desvalorizam essa parte final da gestação e consideram-nas apenas ovovivíparas porque, apesar de o embrião se desenvolver dentro do corpo da mãe, a maior parte do tempo é dedicado à incubação num ovo separado do corpo materno. A gestação pode levar meio ano, podendo ter de 12 a 64 crias por ninhada, que nascem com cerca de 48 cm de comprimento e 75 gramas de peso.
Detecta as presas pela percepção do movimento e do calor e surpreende-nas em silêncio. Alimenta-se de pequenos mamíferos (principalmente ratos), aves e lagartos que matam por constrição, envolvendo o corpo da presa e sufocando-a. A sua boca é muito dilatável e apresenta dentes serrilhados nas mandíbulas, dentição áglifa. A digestão é lenta,normalmente durando sete dias, podendo durar algumas semanas, durante as quais fica parada, num estado de torpor.
Animal muito dócil, apesar de ter fama de animal perigoso, não é peçonhenta e não consegue comer animais de grande porte, sendo inofensiva. É muito perseguido por caçadores e traficantes de animais, pois tem um valor comercial alto, como animal de estimação. Uma Jiboia nascida em cativeiro credenciado pelo Ibama, pode custar de 1050 a 6000 reais, as vezes mais, de acordo com sua coloração.
Existe um mercado negro de animais silvestres no Brasil, pois as leis dificultam sua criação em cativeiro, apesar do baixo risco de acidentes envolvidos na criação deste animal. O Ibama suspendeu a licença para venda de jiboias no Estado de São Paulo, apesar dos estudos internacionais demonstrarem que o comércio regulamentado é a maneira mais eficiente de se combater o tráfico de animais exóticos.
Alimentação
As serpentes são animais carnívoros que se alimentam de roedores, aves e lagartos. A
frequência e quantidade de alimentos variam de acordo com o tamanho do animal. Quando em cativeiro, é comum alimentar as Jiboias com pequenos roedores, como camundongos e mercols jovens (também chamados de wister). Quando maiores, podem ser alimentadas com coelhos, lebres, mercols adultos em maior quantidade e também de aves e frangos.
Criação em cativeiro
Poucas informações se tem aqui no Brasil, sobre reprodução assistida. Abaixo seguem algumas informações sobre condições sugeridas para um terrário residencial.
É interessante reproduzir o habitat natural do animal. Para isso precisamos:
Terrário que tenha pelo menos 2/3 o tamanho máximo do animal e 1/3 do tamanho máximo em altura e a mesma medida em altura.
Placa de aquecimento ou pedra aquecida que mantenha o ambiente entre 25 °C e 30 °C. Note que o aquecimento deverá ser feito em um dos lados do terrário para que o animal possa escolher entre o lado aquecido ou o outro lado e assim regular sua temperatura.
Termômetro para verificar a temperatura
Hidrômetro para verificar a humidade que deve estar entre 80% e 90%.
Lâmpadas UVA / UVB para simular a iluminação natural e favorecer a abosorção de nutrientes.
Uma fonte água com tamanho suficiente para que ela fique imersa se desejar.
Substrato de grama sintética, bark, litter - tipos de forrações atóxicas.
Aqui no Brasil as serpentes podem ser adquiridas em criadouros e lojas credenciados pelo Ibama.
Manuseio
Normalmente são dóceis e bem adaptáveis, aceitando bem o manejo. É preciso se observar bem algumas orientações: Sempre lavar as mãos, antes e depois de se manusear o animal; Manter o terrário sempre limpo; Trocar a agua diariamente; Retirar o animal do terrário sempre com um gancho apropriado; Verificar a temperatura, manter o ambiente das serpentes entre 20 e 29º; Tomar cuidado com os olhos, pois acidentes (mordidas) podem ocorrer, e essa seria a região mais afetada. Sempre manter movimentos lentos, e no primeiro momento pegar a jiboia sempre por trás da cabeça, primeiro com o dedo indicador e depois fazendo uma pinça com o dedão evitando que a serpente se assuste e tente morder,nunca tente vir pela frente da jiboia ela pode morder, se for selvagem coloque um pano sobre ela coloque o gancho por cima de onde está a cabeça sempre por trás da cabeça, primeiro com o dedo indicador e depois fazendo uma pinça com o dedão
Em geral, os animais são dóceis, mas o temperamento pode variar entre cada indivíduo e de acordo com o modo de tratamento dispensado a ele.
Doenças
As serpentes são animais susceptíveis a uma grande diversidade de doenças,virus, bacterias, parasitas, fungos, protozoários,pentastomídeos,helmintos,miíases,acaros e carrapatos.
As viroses são o principal problema em jiboias,devido a gravidade do quadro e tambem a capacidade de disseminação de alguns virus. Diversos tipos de virus foram descritos em jiboias como adenovirus e herpesvírus como agente causadores de lesão hepatica e alguns retrovirus causadores de enterite e lesões hepatica.Um dos principais vírus causadores de mortes é o paramixovírus.Esses virus levam a quadros de pneumonia bastantes graves, que frequentemente levam o animal a morte. Os sintomas são febre, onde geralmente a serpente passa a ficar com a boca semi aberta,dificuldade respiratória,e até hemorragia na boca.